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O Sonho de Morar Sozinha, Aos 29

  • Foto do escritor: Viviane Targino
    Viviane Targino
  • 30 de mai.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de out.


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Cheguei naquele ponto da vida em que morar sozinha deixou de ser apenas um desejo distante — virou escolha. Uma decisão pensada, sentida e vivida com o coração. Criar um espaço só meu, com a minha energia, o meu silêncio, o meu caos e a minha paz.

Não se trata de status. Nem de provar independência. É sobre enxergar valor na minha própria companhia, com tudo o que ela carrega: as pausas, os pensamentos soltos, os rituais diários. É saber que estar só não é estar vazia — é estar inteira.


O que significa pra mim?


Significa autonomia. Significa liberdade, mas não aquela liberdade fantasiosa de fazer só o que quer. É liberdade com responsabilidade, com rotina, com escolhas diárias.

Significa aprender coisas que ninguém te ensina: desde qual é o melhor sabão pra lavar roupa até como lidar com o próprio silêncio — e às vezes até gostar dele.


É leve o tempo todo? Não.


Tem dia que cansa.Tem dia que bate aquele “ufa, quanta coisa pra resolver”. Tem dia que é sol na janela, café passado e música alta na sala. E tem dia que é só silêncio, chinelo arrastando e uma lista mental de tarefas que nunca para.

Mas, no final, existe uma sensação que supera qualquer desconforto: a de estar vivendo algo que eu escolhi.


É sobre se ouvir mais, se perceber mais, se entender mais.


Sobre descobrir que eu gosto da casa organizada de tal jeito. Que eu prefiro comer isso, ouvir aquilo, acordar nessa hora e dormir naquela — e não porque alguém sugeriu, mas porque eu percebi.

É um processo de construção de identidade no detalhe, no dia a dia, nas pequenas coisas.


O que eu levo dessa fase?


Que morar sozinha é desafiador, sim. Mas é também uma oportunidade rara de me encontrar de um jeito muito verdadeiro.

Ter um espaço só meu, cuidar dele, manter ele funcionando, e entender que, no fim das contas, sou eu por mim. E isso não é solidão. Isso é presença. Isso é maturidade.

É sobre entender que o lar mais importante não é esse espaço físico — é o que eu construo dentro de mim.



 
 
 

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© 2025 por Viviane Targino

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